quarta-feira, 28 de abril de 2021

Como a gamificação pode transformar alunos em agentes secretos, fadas ou piratas motivados a aprender

 

Fabiana Paula Fieldkircher

            É urgente a necessidade de adaptação do sistema de ensino ao contexto do século XXI, como revela a crescente busca dos educadores pelas chamadas metodologias ativas. Os métodos ainda utilizados na Educação não foram desenvolvidos para os estudantes de hoje, chamados por Prensky (2001) de “nativos digitais”. Na escola, encontram um ambiente diverso daquele em que permanecem na maior parte de seus dias. Estão habituados a acessar as informações e os conteúdos que mais lhe aprazem, seja por interesse ou diversão, com a acentuada velocidade proporcionada pela internet – o que a maioria faz pelo seu próprio dispositivo eletrônico (Cetic, 2018). Fica difícil para a escola competir com as dinâmicas e interativas telas. Uma das estratégias que pretendem diminuir a disparidade entre os dois contextos é a gamificação de atividades educacionais.

segunda-feira, 8 de março de 2021

8M - As vozes mulheres

 

Imagem de: Carlos Latuff (2014)

Débora de Nez de Melo 
Denise Silveira Barbosa 

Mais um 8 de março. Dessa vez – e no que tem parecido ser um looping cruel de 2020 – com um gosto ainda mais amargo. As homenagens, chocolates, felicitações e a característica rosa que, no imaginário popular, dá forma e cor a essa data, nesses tempos, só podem ser coadjuvantes diante do panorama catastrófico de uma pandemia. No mundo, o cenário envolvendo as mulheres, já antes alarmante, se complexifica ainda mais: aumento na agressão por parceiros íntimos durante o isolamento social (ONU Mulheres, 2020), maioria na taxa de desemprego mundial (Oxfam, 2021), produtividade acadêmica comprometida em função das tarefas domésticas e homeoffice (Parent in Science, 2020) e por aí vai. No Brasil, somam-se a isso todos os aspectos culturais e infraestruturais, velhos conhecidos, e o caldo da questão das mulheres torna-se ainda mais intragável. 

quinta-feira, 4 de março de 2021

O feminismo na ciência do comportamento: quem foi Maria del Rosario Ruiz

 

Imagem via Soreth, Dickson e Terry (2017)

Jordana Fontana

    No mês em que celebramos o dia internacional das mulheres e meninas na ciência, é justo também discutirmos grandes nomes de cientistas do campo da análise do comportamento. A filosofia comportamentalista, que desde os primórdios se preocupou com a construção de uma sociedade melhor, não poderia deixar de lado discussões sobre igualdade entre gêneros e feminismo. No entanto, o comportamentalismo só aderiu essa linha de pesquisas devido à influência de Maria del Rosario Ruiz.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Faça Ciência como uma garota!

 

Wilson Beraldo e Carolina Bori, durante reunião do Conselho da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência em 1989 (Folha de São Paulo, 22/03/1989, Caderno 8)

Fernanda Torres Sahão
Valquiria Maria Gonçalves

    No dia 11 de fevereiro comemora-se o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. Criada pela ONU em 2015, a data tem como objetivo honrar nomes de cientistas mulheres que fizeram história, além de inspirar e engajar outras meninas a seguirem na área, bem como evidenciar o debate sobre a desigualdade de gênero que também ocorre na área científica. Aproveitando a celebração da data, em 2019, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) criou o Prêmio “Carolina Bori Ciência & Mulher” para homenagear as cientistas brasileiras e incentivar as futuras cientistas do país. O prêmio recebe o nome de Carolina Bori em homenagem à primeira mulher presidente da SBPC e à sua notória contribuição para o desenvolvimento científico brasileiro.