domingo, 9 de abril de 2023

Quem pode ser criativo(a)?




Amanda Lottermann, Bruno Teixeira Silva, Isabella Roque,

Laryssa Rodrigues, Verônica Bender Haydu


A criatividade pode ser compreendida como um processo relacionado à inovação, à criação e a comportamentos novos nas sociedades humanas. Durante nossa história houve muitas interpretações dos produtos criativos humanos, comumente sendo interpretados como inspirações divinas ou advindos da genialidade. Atualmente, a criatividade pode ser entendida como um processo natural, passível de ser estudado e aprendido (Dacey, 1999). As perguntas que pode surgir são: Quais condições favorecem a aprendizagem de comportamentos criativos? Quem pode ser criativo?

Os membros de nossa cultura reservam o termo criatividade para novos aprendizados ou resoluções de problemas dito como mais “flexíveis”, ou seja, indivíduos que variam mais seus repertórios (Skinner, 1968). Pessoas que, geralmente, são consideradas criativas agem de forma variada e pouco convencional, costumeiramente conhecidas como indivíduos que “pensam fora da caixa”. Elas provavelmente são criativas porque tiveram em suas vidas mais oportunidades de inovar, foram expostas a situações em que a inovação produziu solução a algum problema. Assim, pode-se afirmar, conforme Barbosa (2003) que a criatividade pode ser aprendida e executada por cada um de nós nos diversos contextos que vivenciamos, sendo um processo natural.

Na perspectiva de a criatividade ser um processo natural, comportamentos que emitimos em nosso dia a dia podem ser considerados criativos. Por exemplo, a procura de soluções para problemas novos ou soluções novas para problemas já existentes do mais sutil ao mais complexo sem ajuda de manuais. Aprender a tocar um instrumento novo, consertar um problema hidráulico ou elétrico em sua casa, experimentar desenhar sem borracha, descobrir sem mapas caminhos novos, começar uma atividade sem a necessidade de ser bom.

Para sermos criativos é necessário entrarmos em contato com diferentes situações problemas e diferentes maneiras de solucioná-las, para aprendemos a nos comportar diante de variáveis novas. Quando uma resposta e suas variações são reforçadas, diminuímos a chance de selecionar um comportamento estereotipado e seleciona-se uma classe comportamental de inovação. Se todos temos a oportunidade de aprender coisas novas, podemos considerar que todos podem ser criativos. Possivelmente não sejamos considerados grandes artistas, escritores, arquitetos, designers ou músicos, mas seremos, em certa medida, bons solucionadores de problemas.

 

Referências

 Barbosa, J. I. C. (2003). A criatividade sob o enfoque da análise do comportamento. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 5(2), 185-193.

Dacey, J. S. (1999). Concepts of creativity: A history. In S. R. Pritzker (Org.) Encyclopedia of Creativity. (pp.309-322). Academic Press.

Skinner, B. F. (1968). The technology of teaching. Appleton-Century-Crofts.