segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Ano novo, hábitos velhos: como definir objetivos e conseguir alcançá-los?



Fernanda Torres Sahão

         Ah, o final do ano chegou! Férias, confraternizações, descanso e... frustração? Muitas pessoas acabam se sentindo decepcionadas com elas mesmas por não conseguirem cumprir os objetivos que definiram para o ano que se passou, e se esquecem de olhar para tudo que conseguiram realizar. Por que isso acontece? Por que é tão difícil alcançar nossos objetivos? Muitas vezes o problema está na definição desses objetivos: inicialmente, pensamos muito em como cumpri-los, mas não temos esse cuidado na hora de defini-los. Será que é possível definir objetivos passíveis de serem alcançados? Já adianto que sim!
     Fazer resoluções de ano novo é uma boa estratégia para sabermos a direção que devemos seguir, tendo papel fundamental na nossa motivação. O primeiro passo é se questionar: “o que quero realizar? qual resultado quero alcançar? de qual apoio necessito?”. Feito isso, é hora de definir os objetivos - mas não qualquer objetivo! Eles devem ser: 1) realistas – o que é possível realizar nesse período, dentro das minhas condições? 2) desafiantes – nada de definir algo que já esteja sendo alcançado, hein? 3) específicos – devem ser passíveis de ser medidos, nada muito amplo; 4) finitos – pense em objetivos a serem cumpridos ainda esse ano, que podem estar relacionados a objetivos para a vida, mas que sirvam de “passos” para chegar lá!; 5) criados por você - não “copiar” objetivos de outras pessoas: definir os seus próprios objetivos, com base nos seus valores, na sua história de vida, e que façam sentido para você.
     Quando falamos em resoluções de ano novo, geralmente pensamos em objetivos amplos e distantes, o que pode acabar nos desmotivando. Por isso é essencial definir quais atividades serão realizadas para alcançar cada objetivo. Um erro muito comum é pensar apenas no objetivo mais geral, e não definir pequenas metas para alcançá-lo! Por exemplo: “Em 2020 quero procrastinar menos” – para isso, preciso definir atividades concretas para cumprir esse objetivo, como: baixar um aplicativo para anotar meus compromissos, organizar meus materiais de estudo/trabalho, separar um tempo no domingo para planejar a semana, anotar prazos, dividir tarefas complexas em pequenas tarefas etc.
       Por fim, monitore seu progresso. Se as atividades que definiu não estão dando certo, tudo bem, pense em outras! Caso o objetivo que definiu não faça mais sentido para você, deixe ele para lá e pense em novos objetivos. A definição de objetivos deve se ajustar a sua rotina e a sua saúde mental, e não o contrário. Deve te ajudar a se sentir mais motivado e a descobrir o que te faz feliz. Os objetivos servem como uma direção, não como uma camisa de força! 

Flores, G. T. (2011). Gestão do tempo como contribuição ao planejamento estratégico pessoal. (Dissertação). Programa de Pós-Graduação em Administração, Universidade Federal de Santa Maria. Santa Maria - RS.

Yoshiy, S.M. (2018). Gerenciamento de tempo: elaboração de um livro autoinstrucional para estudantes universitários. (Dissertação). Programa de Mestrado em Análise do Comportamento, Universidade Estadual de Londrina. Londrina – PR.

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