Fernanda Torres Sahão
Ah,
o final do ano chegou! Férias, confraternizações, descanso e... frustração?
Muitas pessoas acabam se sentindo decepcionadas com elas mesmas por não
conseguirem cumprir os objetivos que definiram para o ano que se passou, e se
esquecem de olhar para tudo que conseguiram realizar. Por que isso acontece?
Por que é tão difícil alcançar nossos objetivos? Muitas vezes o problema está na
definição desses objetivos: inicialmente, pensamos muito em como cumpri-los,
mas não temos esse cuidado na hora de defini-los. Será que é possível definir
objetivos passíveis de serem alcançados? Já adianto que sim!
Fazer resoluções de ano novo é uma boa
estratégia para sabermos a direção que devemos seguir, tendo papel fundamental
na nossa motivação. O primeiro passo é se questionar: “o que quero realizar?
qual resultado quero alcançar? de qual apoio necessito?”. Feito isso, é hora de
definir os objetivos - mas não qualquer objetivo! Eles devem ser: 1) realistas
– o que é possível realizar nesse período, dentro das minhas condições? 2) desafiantes
– nada de definir algo que já esteja sendo alcançado, hein? 3) específicos –
devem ser passíveis de ser medidos, nada muito amplo; 4) finitos – pense em
objetivos a serem cumpridos ainda esse ano, que podem estar relacionados a
objetivos para a vida, mas que sirvam de “passos” para chegar lá!; 5) criados
por você - não “copiar” objetivos de outras pessoas: definir os seus próprios
objetivos, com base nos seus valores, na sua história de vida, e que façam
sentido para você.
Quando falamos em resoluções de ano
novo, geralmente pensamos em objetivos amplos e distantes, o que pode acabar
nos desmotivando. Por isso é essencial definir quais atividades serão realizadas
para alcançar cada objetivo. Um erro muito comum é pensar apenas no objetivo
mais geral, e não definir pequenas metas para alcançá-lo! Por exemplo: “Em 2020
quero procrastinar menos” – para isso, preciso definir atividades concretas para
cumprir esse objetivo, como: baixar um aplicativo para anotar meus
compromissos, organizar meus materiais de estudo/trabalho, separar um tempo no
domingo para planejar a semana, anotar prazos, dividir tarefas complexas em
pequenas tarefas etc.
Por fim, monitore seu progresso. Se
as atividades que definiu não estão dando certo, tudo bem, pense em outras! Caso
o objetivo que definiu não faça mais sentido para você, deixe ele para lá e
pense em novos objetivos. A definição de objetivos deve se ajustar a sua rotina
e a sua saúde mental, e não o contrário. Deve te ajudar a se sentir mais
motivado e a descobrir o que te faz feliz. Os objetivos servem como uma
direção, não como uma camisa de força!
Flores, G. T. (2011). Gestão do tempo como contribuição ao planejamento estratégico pessoal. (Dissertação). Programa de Pós-Graduação em Administração, Universidade Federal de Santa Maria. Santa Maria - RS.
Yoshiy, S.M. (2018). Gerenciamento de tempo: elaboração de um livro autoinstrucional para estudantes universitários. (Dissertação). Programa de Mestrado em Análise do Comportamento, Universidade Estadual de Londrina. Londrina – PR.
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