Thainã Eloá
O dia 20 de Novembro é celebrado como
Dia da Consciência Negra, por ser a data de falecimento de Zumbi dos Palmares,
no ano de 1695. E no dia 13 de Novembro de 2019, uma notícia tomou proporções
virais em muitas das principais redes sociais atualmente utilizadas: a maioria
dos estudantes das universidades públicas, pela primeira vez no Brasil, é de
negros, totalizando 50,3% das vagas atualmente. Ainda dentro de dados estatísticos,
segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 63,5% das
crianças vítimas de trabalho infantil são negras, e a população negra recebe,
em média, metade do salário de pessoas brancas. Isto, é claro, levando-se em
conta os que estão vivos: o número de assassinatos de pessoas negras, a cada
100 mil habitantes, subiu de aproximadamente 37 para 43 indivíduos no período
de 2012 a 2017, enquanto o número de vítimas da cor branca se manteve em
aproximadamente 16. Estes números representam uma coisa bem clara: ainda
vivemos em um país extremamente desigual quando falamos de raça, mesmo que
agora tenhamos mais negros nas universidades, segundo os dados citados. Mas o
que exatamente a Psicologia tem a ver com isso?