Camila
Bianconi Rosa
Nádia
Kienen
Início do ano letivo,
tudo começando de novo! Alunos e professores com expectativas e ansiedades a
respeito do que será feito ao longo daquele período de ensino e aprendizagem.
Professores se reencontram com colegas, alunos também reencontram colegas e
ambos podem se sentir um pouco perdidos, procurando as salas de aula onde
lecionarão ou estudarão. De repente, soa o sinal e as aulas começam. Mas será
que ali é realmente o começo do processo?
Quem é ou já foi
professor sabe que a resposta a essa pergunta é não! A prática docente não se
restringe apenas a “dar aulas”, ao momento em que o professor fala com a turma de
alunos sobre assuntos que considera importantes ou passa exercícios no
quadro-negro, ou faz a leitura de um texto no livro didático. Você já se
perguntou como ele sabe o que fazer, quando fazer e como fazer? Pois ele, sim,
pergunta isso a si (ou deveria se perguntar!) antes das aulas começarem.
Essa prática de se
perguntar o que, como e quando ensinar tem a ver com o planejamento do ensino e
o produto dessa prática dá origem ao plano de trabalho docente (o nome pode
variar de região para região ou mesmo de escola para escola). Esse plano de
trabalho é um documento elaborado por cada professor, no qual o mesmo deve
descrever o que e como pretende ensinar seus alunos durante um período letivo.
A partir dele, são definidas as estratégias metodológicas (como ensinar), os
materiais necessários (livros didáticos, paradidáticos, cola, tesoura, jornais
etc.), os “conteúdos” que devem ser abordados (teorias, esquemas, descrições de
eventos históricos etc.) e as avaliações para verificar se ocorreu a
aprendizagem (avaliação continuada ou não, por meio de prova escrita, oral,
seminários, etc.).
Percebe-se aí a grande
importância do planejamento de ensino: é ele quem guiará o professor durante os
bimestres a respeito do trabalho a ser desenvolvido em cada série. Devido a sua
grande importância no processo de ensino e aprendizagem, o planejamento de
ensino deve ser produto da reflexão crítica do professor.
Durante esta reflexão
crítica, alguns pontos podem auxiliar o professor a planejar o ensino, como levar
sempre em conta a realidade social dos alunos, as dificuldades e desafios com
os quais lidam cotidianamente e nos quais precisam de ajuda, de forma que esse
planejamento faça mais sentido tanto para o professor quanto para os alunos.
Além disso, o professor deve levar em conta o que o aluno já sabe sobre o que
será ensinado, para que a aula não fique maçante, tediosa, bem como o que o
aluno ainda não sabe, para que a aula não fique tão difícil que ele acabe
desistindo de aprender.
Provavelmente, levando
em consideração aspectos como grau de conhecimentos e habilidades atuais de
seus alunos e as dificuldades e desafios que encontram em sua realidade social,
o professor produzirá um planejamento do ensino mais eficiente, o qual irá
ajudá-lo a ensinar de maneira mais significativa, tanto para ele quanto para seus
alunos.
Fonte imagem: https://pixabay.com/pt/playmobil-escola-crian%C3%A7as-professor-2183604/.
Acessado em: 25/07/2018